domingo, 27 de junho de 2010

Você sabe que fez intercâmbio quando...

Você sabe que fez intercâmbio para a Nova Zelândia quando você tem dois natais por ano (só para ter o gostinho de comemorar o Natal no friozinho também.)

(Alice Touguinha Weidle – foi para Tauranga)

sábado, 26 de junho de 2010

Embarque de gringos

Apesar de eu ajudar muito pouco com desembarque e embarque de estudantes, pra mudar a minha rotina um pouco, ontem fui ajudar no embarque dos estudantes que deram tchau a um ano que certamente mudará as suas vidas...
Não por nada eu estava acordada às 3:30 da manhã, porque tinha um estudante chegando na rodoviária às 5:15...
Por que tão cedo? Eu moro a uma hora de carro de Porto Alegre, digo uma hora pq eu tenho a pequena mania de andar na velocidade máxima da via, não mais, coisa que acontece muito pouco hoje em dia...
Peguei o Ka Hay Wu ou David como ele se apresentou, eram 5:25 da manhã na rodoviária de Porto Alegre...
Passei muito pouco tempo com o David na verdade, mas o trajeto entre a rodoviária e o aeroporto, eu vi um oriental altamente comunicativo e alguém que pelo que pude notar, mudara em um ano no Brasil...
Não é a primeira vez que eu vejo isso acontecer, mas eu sempre me encanto com isso...
David é de Hong Kong e muito sorridente até, demais pro padrão oriental...
Estava cansado certamente, estava chegando de Tapejara e depois de uma noite de viagem, ainda teve ânimo de fazer o legítimo programa de índio comigo, explorar o aeroporto Salgado Filho...
Se tem alguma coisa de bom pra fazer no Salgado Filho às 6:00 da manhã?
Não, não tem, mas andamos um pouco e sentamos pra assistir televisão...
Talvez, um adolescente de outro país não teria tanto despacho de dormir no aeroporto quanto qualquer adolescente brasileiro faz, mas o David dormiu...
Depois que ele acordou, fomos nos divertir e comer bobagens de café da manhã no Mc Donald's, digo bobagens, pq pão de queijo, brownie e chocolate quente não é o que alguém pode chamar de café da manhã...
A mala dele havia ficado no carro, pra não ficar horas a fio circulando com ela no aeroporto, quando descemos pra buscá-la e voltamos, já estava o pessoal do comitê Vale do Sinos fazendo check in dos seus estudantes...
Fazer check in de estudantes é algo a parte, mas dá alguns probleminhas sim... hehehe
O que eu vi ontem com aqueles estudantes que choravam muito enquanto diziam tchau ao pessoal do seu comitê e as pessoas que foram suas famílias por praticamente um ano, não tem preço, como diz a propaganda daquele cartão de crédito...
A gente vê que existe um crescimento, amadurecimento, independência e realmente um desenvolvimento de um amor que não tem como se explicar...
David ficou o máximo que pode conosco, foi o seu jeito de dizer que não queria ir embora, coisa que muitos deles declararam com todas as letras...
Acredito sim, que por mais problemas que se tenha durante o programa e em qualquer lugar que a gente vá, não há nada que mude o fato de que, aquele país, aquela cidade, aqueles voluntários e aquela família vão fazer a diferença por todo o restante da vida uns dos outros...
Me lembrei ontem da última vez que estive no aeroporto fazendo esse trabalho, de embarcar gringos, na verdade eu estava embarcando a Samira, minha irmã do coração, portanto, sei bem o que aquelas famílias estavam sentindo...
É incrível como por mais tempo que a gente trabalhe junto com o AFS a gente não se acostuma a dar tchau a esses pequenos corajosos, que saem de suas casas pra conseguir olhar o mundo com outros olhos, eles mudam mesmo que por pouco tempo o nosso modo de olhar o mundo também...
Mas enfim, esse é o espírito!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Equivalência de ano no exterior...

Uma das primeiras perguntas que me fazem quando estou com pais e filhos numa apresentação sobre o AFS e o famoso tira-dúvidas é se eles terão que fazer o ano novamente quando voltarem do programa.
E a minha resposta sempre é não...
Na verdade minha lógica não deixaria responder o contrário, mas por sorte, existe uma legislação que confirma essa minha resposta.
Então, meus candidatos queridos, eis aqui a transcrição da legislação estadual que rege a equivalência entre o ano no exterior e o ano no Brasil. ;)



RESOLUÇÃO Nº 271, de 02 de abril de 2003.


Estabelece normas e procedimentos com vistas à declaração de equivalência de estudos concluídos ou realizados no exterior.

O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso de suas atribuições, com fundamento no art. 11, inciso III, da Lei estadual nº 9.672, de 19 de junho de 1992, com a redação dada pela Lei estadual nº 10.591, de 28 de novembro de 1995,

R E S O L V E:

Art. – A equivalência de cursos de ensino médio concluídos no exterior deverá ser declarada por este Conselho.

Parágrafo único - Para o exame da declaração de equivalência de estudos referidos no caput deste artigo, o processo deverá conter:

a) requerimento do interessado, dirigido à Presidência do Conselho Estadual de Educação;

b) comprovante de conclusão de estudos em nível de ensino médio, no qual conste:

- duração;

- currículo desenvolvido e resultados obtidos;

- diploma ou certificado de conclusão dos estudos em nível de ensino médio;

c) histórico escolar referente a estudos de ensino médio realizados no Brasil, quando for o caso.

Art. 2º – Este Conselho terá o prazo de 30 (trinta) dias para análise e manifestação sobre os pedidos de declaração de equivalência de estudos concluídos no exterior.

Art. - O diploma ou certificado obtido no exterior, assim como a documentação que os acompanhar, deverão ser autenticados em Embaixada ou Consulado brasileiro, com sede no país onde funcionar o estabelecimento de ensino que os expediu.

Art. 4º - O diploma ou certificado e a respectiva documentação que forem redigidos em língua estrangeira serão acompanhados de tradução oficial formalizada por tradutor público juramentado.

Art. 5º - O educando que realizar estudos em nível de ensino médio no exterior e não tiver concluído o curso poderá dirigir-se a uma escola integrada no Sistema Estadual de Ensino que oferte o ensino médio.

Parágrafo único - Essa escola procederá à regularização da vida escolar do aluno com base em dispositivos constantes em seu Regimento Escolar.

Art. - Será dispensada a declaração de equivalência:

a) nos casos de existência de convênio entre o Brasil e o país onde foram expedidos os diplomas ou certificados, se o convênio for explícito quanto à matéria;

b) nos casos de diplomas ou certificados de habilitação de ensino médio já revalidados.

Art. 7º - As normas da presente Resolução não se aplicam aos Cursos Seminarísticos.

Art. 8º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, em especial a Resolução CEE nº 155, de 21 de novembro de 1980.

Aprovada, por unanimidade, pelo Plenário, em sessão de 02 de abril de 2003.

Vera Luiza Rübenich Zanchet

Presidente




terça-feira, 22 de junho de 2010

Sua história é a nossa história

"Meu histórico no AFS quase que se confunde com a história da minha vida.

Já nem lembro mais quando decidi fazer intercâmbio. Talvez não tenha decidido, talvez tenha sido uma consequência natural do meu envolvimento precoce com línguas.

O primeiro AFSer que eu conheci foi o Bellotti. Ele deve ter viajado em 1981. E nos conhecemos muito antes, lá por 1974 ou 75.

Em 1985, eu estava no primeiro ano do então segundo grau, quando me inscrevi para a seleção no comitê Rio Grande / RS. Rafael Olinto era o Presidente. E daí a formar meu círculo de amizade com aqueles returnees e aquelas host families não foi difícil.

Eu tinha só 14 anos e havia vários candidatos mais velhos que eu e tão merecedores da bolsa quanto eu. O comitê tinha então, a política de enviar primeiro os candidatos que já tivessem 17 anos (pois era seu último prazo para o YP- High School.

E brincavam comigo, dizendo que se houvesse bolsa para Sri Lanka era prá lá que eu iria. Me diziam que desistisse e voltasse no ano seguinte, então mais velha.

E eu continuava voluntária: quantas horas na rodoviária de Rio Grande com plaquinha na mão esperando gringos que vinham para AFS Weekends, quantos jantares para arrecadação de fundos, quantas campanhas para novas famílias hospedeiras, quantas idas a escolas divulgando o espírito AFS.

Chegava gringo, partia gringo, partia amigo, chegava amigo... e a minha casa sempre cheia de afsers, cada returnee um jantar - e todos contavam todas as suas experiências para uma família ansiosa pelo embarque da filha!

Outra seleção em 1986 e eu ainda era muito jovem! E mais amigos partiram e mais amigos voltaram. Ricardo, André, Alison, Miguel, Raquel, e tantos que já me fogem à memória.

Entrava ano e saia ano e tudo outra vez, testes de seleção, entrevistas, intercâmbios de curto prazo entre estudantes brasileiros, e assim passava o tempo.

Em 1987 finalmente a redenção! Eu estava entre os quatro selecionados (eu já tinha 16 anos, e estava no terceiro ano. Agora era a minha vez. Mas ainda esperaria 1 ano para embarcar.

No verão de 1988 em off fico sabendo que só um dos selecionados teria bolsa Garantida (G), outros três eram os Finalistas (F) - os F não tinham família hospedeira garantida, provavelmente até a hora de embarcar. Chorei, muito. Claro que eu apostava na impossibilidade de embarcar.

Então o Eduardo, presidente do comitê nos chama para uma reunião com todo o comitê. Eramos quatro, Cíntia, Marcelo, Gunnar e eu.

A reunião era uma festa surpresa. A bolsa garantida era minha e os papeis da família hospedeira já estavam no comitê! Os outros três teriam que esperar mais um pouco.

E todos esperamos ansiosamente pelas boas notícias para os outros três.

Para o Gunnar a espera não foi tão longa, logo ficou sabendo que uma família na Dinamarca o esperava. Marcelo e Cíntia não tiveram a mesma sorte.

E aquele ano de espera parecia ser o mais longo de todos. Mil planos, eu iria para o Maine, o estado mais nordeste dos Estados Unidos, numa cidade chamada Hallowell à espera da habitante de número 2501!

O ano no EUA é um capítulo a parte. A volta em 1989 foi também muito esperada. A volta significava também voltar a ser voluntária da instituição e continuar trabalhando para um mundo melhor e mais unido.

E foram outras tantas reuniões, seleção de candidatos, entrevistas com famílias, orientação de gringos - desta vez no comitê Porto Alegre.

Em 1991 responsabilidade maior me faz assumir a direção de envio da Região Sul (RS / SC / PR) e outros anos seguiram e eu continuava voluntária!

Não lembro bem quando eu "cansei" de ser voluntária, deve ter sido lá por 97 ou 98. Decidi então ficar mas na confortável posição de jurássica AFSer!

Mas era muito impossível parar de pronunciar o nome AFS, afinal meu círculo de amigos ainda era do AFS, gente que viajou comigo para os EUA, gente que já tinha viajado, gente que tinha hospedado, gente para quem não teve bolsas suficientes, gente muito mais velha que eu e gente muito mais jovem que eu.

No início dos anos 2000 mais uma vez "oficialmente voltei" e também "oficialmente me retirei".

E mais uma vez tive que abrir meu baú de lembranças e entusiasmo em relação ao AFS porque agora é a vez dos filhos dos meus amigos fazerem intercâmbio. Então acho que vou precisar "oficialmente voltar" mais uma vez!

E estamos em 2010 e entre idas e vindas lá se foram 25 anos. Tenho uma família em Gardiner, Maine com 5 irmãos, pai, mãe e muitos parentes (claro que troquei de família!). Tenho uma família de intercambistas (quase 40) que estavam no Maine. Tenho uma família de intercambistas que viajaram comigo no mesmo vôo Brasil-EUA. Tenho uma família de amigos que ainda estão bem pertinho: Claudirel, André, Dudu, Jordan, Luciano, Inês, as Cláudias, ... tantos que nem caberiam aqui!

E tenho também a deliciosa sensação de encontrar outros intercambistas e ser sempre recebida com sorrisos e abraços quando pronuncio AFS. Tenho a deliciosa sensação de continuar divulgando o AFS. Tenho a deliciosa sensação de ser bem recebida em qualquer lugar do mundo quando digo que sou AFSer."


(Clarissa Ribeiro - AFSer - foi para o Maine - EUA em 88/89)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Walk together, talk together

Travel cross the sea, Walk across the land

Summer or winter, We go from place to place

With heart of joy and spirit of AFS

*Walk together, Talk together all ye people of the earth

Then and only then, Shall we have peace*


Culture we are bringing, Messages of peace,

From country to country, To make good understanding

And we'll sing the song of AFS (*)

*Walk together, Talk together all ye people of the earth

Then and only then, Shall we have peace*


One year is not long, But enough to know you

People of the world are friendly every place

As we say the words of AFS (* and **)

*Walk together Talk together all ye people of the earth

Then and only then, Shall we have peace*

** AFS is love, AFS is brotherhood

We are given just one year to make the message clear



SONG OF AFS

By Supapong Krishnakan

Present by AFS Thailand-Denmark Y.P.2001-2002


http://www.youtube.com/watch?v=0FrCzYCwF5I