O que já os ajuda muito...
Mas vamos a umas dicas que podem ser seguidas:
Estudantes que optam por fazer parte do ensino médio no
exterior devem estar atentos à burocracia de reconhecimento dos estudos.
A começar pela escolha da grade curricular, o estudante que
realiza um intercâmbio para outro País no ensino médio deve seguir algumas
regras para validar os estudos e não ter problemas na volta. Para não ter dor
de cabeça, conheça os principais cuidados a serem tomados:
Antes de ir
Solicite seu histórico escolar, faça a tradução juramentada
e envie o documento à escola onde pretende fazer intercâmbio. Tome cuidado com
as suas notas. Os EUA, por exemplo, exigem notas acima de C, nível de inglês
entre intermediário e avançado e o estudante não pode ter repetido nos últimos
três anos.
Grade curricular
O Ministério da Educação (MEC) determina que,
obrigatoriamente, o estudante curse Matemática, Língua (a local), Ciências
(deve escolher entre Química, Física ou Biologia), Estudos Sociais (História,
Geografia ou similar) e Educação Física. Além dessas disciplinas, o
intercambista poderá escolher matérias eletivas.
“Nos EUA e no Canadá as disciplinas eletivas mais comuns são
de teatro, dança, música, e de mecânica, no ensino técnico. Na Nova Zelândia, o
segundo grau é totalmente técnico, eles fazem uma preparação para a faculdade,
e oferecem eletivas de diversas áreas. Na Europa, são atividades mais ligadas à
cultura, história da arte e culinária”, elenca Michele Werfel, diretora da
unidade Leblon da Worldstudy, no Rio de Janeiro.
A escolha das disciplinas é feita na escola, no momento em
que o estudante se matricula, pois depende da quantidade de alunos na turma e
das notas. É importante perguntar à escola brasileira, para onde o aluno
concluirá o colégio após o intercâmbio, qual é a carga horária das disciplinas
que ela exige para aceitá-lo na volta.
Ao final do intercâmbio, antes que as aulas terminem, o
intercambista deve pedir a emissão do um histórico escolar constando matérias
cursadas, carga horária e a avaliação final. Esse documento deve ser enviado ao
consulado brasileiro no País, que irá validar os estudos. O estudante deve
pagar uma taxa referente ao envio dos documentos para o Brasil, que varia
dependendo do consulado.
“A maneira mais prática é encaminhar os documentos para o
consulado para validação. É possível também fazer o processo no Brasil, porém
pode ser mais demorado”, explica Bernardo Ramos De Lucia, gerente de High School
do STB.
Dicas: Faça uma cópia do histórico escolar do intercambio,
tenha sempre os telefones do consulado, cheque o valor da taxa, a forma de
pagamento e confirme se eles receberam sua documentação. Como remetente dos
documentos, coloque o seu endereço do Brasil, para que o órgão lhe devolva a
documentação validada.
Ao receber o material do consulado, envie novamente a um
tradutor juramentado. Com estes documentos, o estudante poderá comprovar a
escolaridade obtida no exterior.
Certificado de conclusão
Quem escolhe terminar o ensino médio fora do Brasil, deve
solicitar à escola onde fez o intercâmbio um certificado de conclusão do ensino
médio (high school ou similar), além do histórico escolar com as matérias
cursadas, carga horária e avaliação final.
Os documentos devem ser enviados ao consulado e, quando
chegarem ao Brasil, podem ser encaminhados à Diretoria de Ensino mais próxima.
O órgão, parte integrante da Secretaria de Educação estadual, providenciará a
convalidação curricular para que o curso concluído no exterior tenha validade
no Brasil, desde que o estudante tenha cumprido as matérias obrigatórias
exigidas pelo MEC.